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PÔR DO SOL #PRACEGOVER - parte 2 e 3

depois de todo o processo para transformar uma fotografia do pôr do sol do depois das seis. em uma fotografia sensorial, o que já contamos aqui. finalmente fomos ao Rio de Janeiro, no meio de agosto, para entregar o pôr do sol #pracegover para o Marcos e foi uma ansiedade só até que ele pudesse sentir e ver com as mãos o pôr do sol. nessa segunda e terceira parte do vídeo, mostramos como foi o processo da viagem até a gente sentar para conversar um pouco sobre como ele imagina o pôr do sol e como foi sentir o entardecer nas pontas dos dedos.




fazia quase cinco anos que tinha ido para o Rio de Janeiro pela última vez. inclusive, levamos uma surpresa de presente para o Marcos, que era justamente uma fotografia sensorial de uma polaroid tirada lá na Lagoa Rodrigo de Freitas, para que ele tivesse um pôr do sol tátil da cidade em que ele vive. acho que a gente sempre é outra pessoa quando volta para uma cidade, ainda mais depois de tanto tempo. apesar de todo frio e da chuva que fez bem quando estávamos por lá, deu para aproveitar bastante aquela cidade maravilhosa. visitamos o Marcos enquanto chovia muito lá fora, mas o tempo ruim não estragou a nossa experiência do pôr do sol #pracegover, muito pelo contrário. fez aproveitar ainda mais cada momento, pois fez lembrar que um projeto que começou na varanda do meu antigo apartamento chegou em lugares que jamais esperava




o Marcos faz a gente olhar para as coisas de um outro jeito, já que ele leva a vida com tanto humor. quando sentamos para conversar, ele me explicou como ele imaginava o pôr do sol, já que quando ele enxergava, ele via muito pouco e não gastava o tempo dele vendo o pôr do sol porque não conseguia distinguir tanto assim. tentei explicar para ele como foi converter uma fotografia do formato visual para o formato tátil. o Marcos também contou que adorou o fato da luz realmente esquentar, porque traz as sensações e dá uma noção de onde o sol fica no céu durante o entardecer. outra coisa que fiz, foi escrever em braile os locais de cada foto, tanto a de Maresias quanto a da Lagoa e para a minha surpresa, ele disse que estava mais do que certo! acho que das coisas que mais tocaram na conversa toda foi quando ele disse que ‘quando você é deficiente visual, você fica meio cético para coisas visuais’ e acaba deixando de lado por achar que nunca vai ver e emendou com ‘e vocês conseguiram’. transformar a fotografia do pôr do sol em elementos táteis só fez a gente perceber que é possível transformar até o imaginável em algo #pratodosverem


acho que o ponto principal que a gente quis passar é que um mundo mais acessível é possível. como Marcos e eu dissemos no vídeo, se até um pôr do sol, algo que é completamente visual, pode ser e foi transformado em algo #pracegover, por que não pensarmos em soluções que tornem as coisas do dia a dia em acessíveis, como, por exemplo, nossos ônibus, nossa internet, nossas calçadas e tantas outras coisas que fariam uma diferença enorme na vida de quem possui algum tipo de deficiência. se é possível pensar em soluções criativas para traduzir um pôr do sol para algo sensorial, por que não usar a criatividade para criarmos um mundo que seja, de fato, para todos? acho que é como o Marcos disse no final do vídeo: ‘um mundo mais acessível está ao alcance de todos, (...) só basta querer’



***

os dois últimos vídeos desse projeto especial sairam na semana passada! para conferir o vídeo que saiu no IGTV do @depoisdasseis é só clicar aqui!


e o vídeo que saiu no canal do youtube do @historiasdecego, você pode conferir clicando aqui!


esperamos que você tenha gostado dessa collab! a gente amou o processo e [spoiler alert] ainda vamos criar algumas coisas juntos <3

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